Cuidados paliativos em idosos: vamos falar sobre isso?

Por mais que cuidemos de nossos pais e avós com toda a atenção e carinho, sabemos que algumas condições de saúde são realmente debilitantes. Seja de forma paralela às terapias que objetivam a cura ou como forma de aliviar o sofrimento em casos irreversíveis, o conhecimento sobre os cuidados paliativos em idosos é fundamental para proporcionar a eles conforto e o máximo de bem estar. 

Mas o que você conhece sobre cuidados paliativos? Que aspectos devem ser atendidos? Como a família deve ser apoiada neste momento delicado?

Cuidados paliativos em idosos

Apesar do avanço da ciência médica, alguns quadros são irreversíveis. À medida em que um idoso apresenta uma doença crônica e em evolução para a morte, suas funções orgânicas declinam e, com elas, ocorre uma significativa redução na qualidade de vida. 

Em um momento tão delicado, ocorre uma trajetória acompanhada de sofrimento físico, psíquico, espiritual e social, que exige toda uma atenção integral ao paciente e sua família.

Nesse contexto, o idoso necessita de cuidados para que seus sintomas físicos e psicológicos sejam tratados de forma adequada, promovendo o conforto do paciente e a possibilidade de aproximação com a família e os amigos. Essa condição é fundamental para que o momento seja enfrentado com tranquilidade e dignidade. 

Conscientização e conforto da família

O prolongamento de uma doença crônica afeta toda a família. Todos os envolvidos passam por um processo de desgaste, mas de forma especial ele atinge o cuidador. Frustrações, pendências emocionais, esgotamento físico e problemas financeiros também podem ocorrer em decorrência desta situação.

Também é muito comum que, mesmo diante do inevitável, alguns familiares entrem em processo de negação, recusando-se a enxergar a realidade dos fatos. Por isso, o cuidado ao idoso deve ser acompanhado por um suporte familiar aos parentes próximos, favorecendo uma atitude de acolhimento ao doente e mudança de atitude.  

Atendimento às necessidades clínicas e emocionais

Além dos cuidados físicos e clínicos, como alimentação, higiene e remédios, é importante entender que o idoso convalescente passa por um momento de extrema fragilidade emocional.

Portanto, tão importante quanto o alívio ao sofrimento físico é o acolhimento que permite a solução para as dores psicológicas. 

Preparo para a despedida

À medida em que a doença evolui, a família do paciente pode passar por momentos de negação, ou ainda manifestar sentimentos de raiva ou culpa. Essas e outras emoções fazem parte desta trajetória. 

A decisão de comunicar ao paciente sua situação de gravidade ou mesmo de terminalidade é muito delicada e depende da dinâmica da própria família. Alguns simplesmente optam por esconder do doente o seu real estado, e as razões para isso são compreensíveis.

O mais importante é que possam contar com atendimento multidisciplinar para tomarem a melhor decisão.  O trabalho do psicólogo pode facilitar a comunicação da família com o próprio paciente. 

É muito comum que venham à tona, diante de uma doença terminal, situações de culpa por conflitos que não foram resolvidos. O psicólogo pode ajudar a esclarecer essas pendências emocionais, preparando a família para vivenciar os últimos dias de vida do paciente sem ressentimentos ou dores relacionadas a convivência prévia. 

Preparar a família para um luto antecipatório é uma das formas de amenizar a dor da perda de seu ente querido. 

Manutenção de procedimentos essenciais

Com a constatação do estado de terminalidade ou impossibilidade de cura de um mal crônico, cabe à equipe de saúde e à família proporcionar todos os recursos necessários para evitar o sofrimento.

Porém, sabe-se que diversos procedimentos médicos causam dor ou desconforto, e só devem ser realizados quando extremamente necessários.

Devido ao consenso de que não existe mais possibilidade de cura, a equipe de saúde opta por realizar apenas o que é indispensável para manter ao máximo de qualidade de vida, garantindo tratamento digno e tranquilidade, quando possível.  

Finalmente, diante do inevitável e pensando sempre na qualidade de vida, a função dos cuidados paliativos em idosos é fazer com que o paciente e sua família vivam da melhor forma possível enquanto a vida perdura. Mais importante que acrescentar anos à vida, é acrescentar vida aos anos que restam.

Já passou por um momento delicado como esse? Então compartilhe sua experiência através dos comentários!

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