Apesar da maioria das escaras poder ser evitada, a doença ainda acomete pessoas idosas, cadeirantes, pacientes acamados ou que estejam imobilizados há algum tempo, como diabéticos e pessoas com incontinência fecal e/ou urinária. Também conhecidas como úlceras de pressão ou úlceras de decúbito, as escaras ocorrem quando o indivíduo passa muito tempo na cama ou na mesma posição, prejudicando a circulação sanguínea e, assim, causando feridas nas áreas de maior pressão contra uma parte óssea ou cartilaginosa do corpo. As escaras em idosos e em demais grupos de risco podem ser tratadas e, com os devidos cuidados, curadas.
Como algumas enfermidades estão associadas às escaras, a causa da doença pode não ser completamente esclarecida. Nesse caso, é recomendado realizar um acompanhamento médico e, se necessário, solicitar uma biópsia ou exame clínico. O surgimento de escaras é mais comum em saliências ósseas, como zona lombar, quadril, cintura, ombros, parte detrás da cabeça, cotovelos, joelhos, orelhas, tornozelos e calcanhares.
Em pacientes que estão com a sensibilidade prejudicada, a doença pode progredir sem que o paciente sinta dor. Por isso, é essencial o monitoramento e o cuidado ao movimentar pessoas acamadas, mudando o paciente de posição a cada três horas. Já para as pessoas que mantêm o tato normal o diagnóstico pode ser precoce, pois o paciente sentirá o incômodo.
As escaras podem ser classificadas em quatro níveis, com base no estágio e grau da lesão.
Gravidade 1
Também conhecida como hiperemia, a eritema é uma lesão de gravidade menor, que atinge apenas as camadas externas da pele e se caracteriza por uma lesão avermelhada. De fácil tratamento, ela desaparece quando a pressão diminui na área lesionada.
Gravidade 2
Recebe o nome de isquemia e trata-se de uma ferida que atinge todas as camadas da pele e o tecido subcutâneo. Pode ter formação de bolha e conteúdo aquoso.
Gravidade 3
Caracteriza-se pelo surgimento de necrose, ou seja, morte do tecido da região, que desenvolve uma coloração arroxeada e fica rodeada por uma inflamação.
Gravidade 4
Nível mais avançado, a ulceração já é profunda e, nesse estágio, a pele e os músculos são prejudicados e ossos e articulações ficam expostos.
Sintomas
Os principais sintomas das escaras são manchas avermelhadas, odor, aumento de calor, enrijecimento da pele e dor. Quando verificado algum desses sinais, é indicado consultar um médico ou enfermeiro e iniciar o tratamento imediatamente.
Dicas de tratamento
O tratamento para as escaras varia de acordo com a gravidade e extensão das lesões. Nos casos de úlceras por pressão de gravidade 1 e 2 pequenas, as lesões costumam diminuir sozinhas quando a pressão sobre a pele é aliviada. Em alguns casos, também é possível que o médico indique antibióticos e curativos especiais.
Já nas lesões de gravidade quatro, pode ser indicado um procedimento cirúrgico para retirada dos tecidos mortos e infectados, incluindo transplante de pele para ajudar na recuperação.
Como evitar as escaras em idosos
- Virar/Mudar a posição do idoso acamado a cada três horas.
- Monitorar o paciente e verificar regularmente as áreas mais propensas.
- Posicionar almofadas debaixo dessas áreas para diminuir a pressão.
- Diminuir a umidade das regiões, mantendo a pele limpa e seca.
- Vestir o paciente com roupa confortável, nem larga e nem justa demais.
- Trocar as roupas de cama frequentemente.
- Hidratar a pele pelo menos duas vezes ao dia, conforme orientação médica.
- Usar colchão especial para pessoas acamadas.
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